domingo, 4 de dezembro de 2011

Belo Exemplo.


BELO EXEMPLO                                                                  

  Em Assembléia no Auditório da Câmara Municipal de Campinas SP, reuniram-se várias autoridades do PCdoB e amigos do partido, como o Prefeito Municipal de Jaguariúna, Gustavo Reis.
  Durante a Assembléia ouvimos uma exposição sobre a “crise financeira mundial e o papel do Brasil perante a crise”, apresentada com sagacidade pelo nosso querido Deputado Federal (na época - hoje ministro) Aldo Rebelo.
  Entretanto a história que desejo relatar, foi narrada pelo nobre camarada, Célio Turino, que vivenciou o fato e contribuiu com esse acontecimento, que tento modestamente transcrever aqui.
  Há anos atrás, o camarada Célio e um grupo de amigos do partido, faziam um trabalho com o movimento popular na cidade de Campinas, então eles logo detectaram um morador de favela que era uma liderança por natureza, chamado pelos amigos de "Paulão". Tendo em vista que o Paulo era analfabeto, esse grupo lia e explicava a ele o manifesto comunista, que Paulão aprendeu e repassava para comunidade. Eles na época participavam de um projeto que consistia em exibir filmes àquela comunidade carente.
  Devido ao grande número de eucaliptos ao redor da favela, essa era chamada de "favela dos eucaliptos".
  Várias vezes os camaradas dormiam na favela, pois o horário já era avançado. Numa dessas noites uma árvore de eucalipto devido ao vento forte caiu em cima de um dos barracos, vitimando uma família. Eles então decidiram urbanizar o local e construir casas em alvenaria. Para isso, cortavam os eucaliptos, vendiam, compravam materiais de construção com o dinheiro e em sistema de mutirão construíam as casas. Fazia-se necessário que uma família mudasse para casa de um vizinho, assim o barraco que ela habitava era desmanchado e a casa de alvenaria construída.
  Nesse processo construíram todas as casas (aproximadamente 400 unidades).
  Mas o mais interessante disso é que a última casa a ser construída, foi a casa do Paulão. Ele como liderança, responsável pela organização da comunidade, deixou para ser o último beneficiado.
 O Paulão aprendeu o significado do que é ser comunista. Contribuir para o bem comum. Esquecer de si e pensar no seu próximo, na necessidade do coletivo. Obrigado pela contribuição camarada Célio.
  Paulão, aonde quer que esteja. Parabéns, você entendeu realmente o que é ser comunista.


Essa e várias outras Histórias, vividas por Célio Turino (Ex Sec. Minc) você encontrará no livro, Ponto de Cultura - o Brasil de baixo para cima. Editora, Anita Garibaldi.






Widnes Pigatto Junior (17/06/2009)

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